quarta-feira, 21 de julho de 2010

Seinfeld: 20 anos sobre nada.

Passei a acompanhar a séria a cinco anos e nunca me identifiquei tanto com algo como com SEINFELD.

Poucas coisas na vida me dão tanto prazer.

Será possível fazer sucesso como uma série que fala sobre o nada? O mundo viu que sim. Há 20 anos atrás surgia Seinfeld, um sitcom de popularidade exponencial ao longo de suas nove temporadas.

Sua origem está no stand-up comedy, já que o protagonista-título, Jerry Seinfeld, foi um dos grandes responsáveis pela popularização desse formato de comédia pelo mundo.

A comédia stand-up é, na verdade, uma forma de fazer as pessoas rirem de coisas das quais nunca ririam se não estivessem lá para isso.

O quarteto era insubstituível: o humorista em tempo integral Jerry, a interesseira Elaine, o excênctrico Kramer e o geek neurótico George. O grupo mais influente da década de 90 conquistou o público justamente por suas deformidades, o que prova a naturalidade dos personagens e do roteiro.

Seinfeld soube, como nenhuma outra série, explorar os acontecimentos mais banais do cotidiano, como alugar um filme, ou a ida ao dentista, e transformar tudo em uma comédia. Mas não era qualquer comédia; era mordaz, politicamente incorreta (moda entre as comédias atuais), com piadas cáusticas, onde ninguém era poupado de ser chicoteado.

O universo de Seinfeld é o cenário urbano e moderno, onde histórias genialmente absurdas são vivenciadas por personagens neuroticamente bizarros, ao redor de vizinhos, parentes e conhecidos razoavelmente perturbados. Seu barato está no seu propósito de não ensinar nada, nem de mostrar evolução moral dos personagens. Deixou como legado, além do modo peculiar de fazer comédia, um vasto repertório de expressões que passou a integrar o vocabulário dos fãs, como a expressão "Yada yada yada".

20 anos se passaram e as boas comédias do século XXI podem ser mais elaboradas (The Office, 30 Rock), mais ousadas (Arrested Development, Weeds), mas Seinfeld ainda consegue manter o maior índice de puro sarcasmo e excentricidade por episódio.

Valeu SEINFELD. Você mudou a minha vida

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